Uma das maiores transformações ocasionadas pela pandemia de coronavírus foi o avanço das lojas virtuais Apenas no ano de 2020, em sua fase mais crítica – quando houve lockdown em diversas cidades e as pessoas recolheram-se em suas casas – houve um crescimento de 75% em comparação ao ano anterior, segundo uma pesquisa da plataforma MasterCard SpendingPulse™.
Essa mudança de perfil, entretanto, não pode ser encarada como algo passageiro – de fato, projeções apontam que este segmento ainda pode crescer 56% até o ano de 2024, segundo o The Global Payments Report 2021. Em outros termos: pensar a melhor estratégia para seu modelo de vendas – seja ele online, offline ou misto – é crucial para manter a relevância do seu empreendimento no tempo.
Novos hábitos de consumo
Se há cinco anos a cena mais comum era ir até uma loja física e “testar” o produto em mãos, para então pesquisar na internet os melhores preços e condições de entrega, hoje o cenário é completamente diferente. Um estudo realizado pela plataforma de pesquisa de mercado NZN Intelligence aponta alguns dados interessantes sobre a atual relação entre o comércio online e offline:
- 74% da população brasileira prefere o modelo de comércio online;
- Os principais receios em relação a esse tipo de compra são: falta de confiança para informar o número do cartão e dados pessoais (40%), medo de não receber o item adquirido (25%), enganação em relação ao pagamento (10%) e nunca ter encontrado preços bons de verdade (7,5%);
- 81% dos respondentes afirmaram pesquisar em vários sites antes de realizar uma compra, e 82% realizam a consulta da reputação do e-commerce em plataformas especializadas (tais como ReclameAqui).
- 50% dos brasileiros disseram consultar primeiramente as opções do Google, 40% afirmaram utilizar ferramentas de oferta (tais como Buscapé e Zoom) para encontrar opções mais vantajosas, 22% buscam obter referência com especialistas no assunto. Aqui, um ponto de atenção: “redes sociais” contam com apenas 11% das respostas, e “indicação de amigos e familiares” apenas 10% das menções.
Entretanto, esses dados podem não refletir a realidade, dependendo do segmento de comércio. Por exemplo, os petshops apresentaram um aumento expressivo de 13,5% de faturamento em 2020 – sendo que as vendas online representam cerca de 10 bilhões de reais, ¼ do lucro total deste segmento.
No mesmo período, o setor de calçados diminuiu sua capacidade produtiva em mais de 18%, segundo a própria Associação Brasileira das Indústrias de Calçados. Ainda assim, durante o auge da pandemia, quase metade da população afirmou que pretendia retomar seus hábitos de compra apenas no momento que houvesse a reabertura do comércio – ou seja, presencialmente.
Isto é: o sucesso do seu empreendimento depende – e muito! – do segmento escolhido. Uma das grandes sacadas consiste em entender que os hábitos de consumo se modificam com o tempo, e de que maneira sua empresa irá se adaptar a isso.
Nesse contexto, a auditoria e consultoria empresarial Delloite lançou um estudo sobre a influência da Covid-19 sobre os diferentes setores da economia, “destacando seus impactos sobre eles, as reações protagonizadas pelas empresas e a ocorrência de eventuais apoios regulatórios”. Além disso, é possível também visualizar recomendações para recuperar e sustentar os negócios nesse período de exceção.
Existe uma célebre frase que diz que “toda crise também é uma oportunidade”. Aqui, é possível entender que, com as informações certas e o conhecimento aplicado, é possível encontrar um nicho rentável – e ele pode estar tanto no ambiente digital quanto na loja física.
Ainda assim, nem tudo são flores: é necessário compreender determinados pontos essenciais antes de tomar uma decisão que pode significar o sucesso ou o fracasso do seu negócio.
Estratégia e Estrutura
De fato, a pandemia modificou intensamente os hábitos de consumo brasileiro. Cabe ao lojista, então, entender qual é a melhor maneira de se posicionar frente às mudanças cada vez mais constantes.
É esse tipo de ação que irá definir toda a estratégia de desenvolvimento e operação do negócio, levando em consideração diversos aspectos, tais como:
- Quem é o seu potencial público de interesse: podem ser desde jovens millennials – já tão acostumados às facilidades do mundo digital – até baby-boomers que ainda nem possuem e-mail ou conta na rede social;
- De que maneira se comunicar com esse público: é possível pensar desde como é possível usar a dancinha do momento para aumentar o engajamento do público até a inserção de faixas comerciais durante a novela das 21h, por exemplo;
- Como precificar seu produto: eles podem ser considerados desde “artigos de luxo” até “ produtos populares”. Isso irá depender do valor percebido pelo seu consumidor, que por sua vez é influenciado pela imagem do negócio e como isso se reflete nos produtos.
De maneira similar, também se mostra necessário refletir sobre a estrutura essencial para fazer a operação da sua empresa rodar:
- Custos Fixos: num modelo físico, gastos recorrentes como telefone, internet, luz elétrica, água e aluguel costumam ser bem diferentes daqueles praticados por negócios que estão concentrados no ambiente digital;
- Estoque: o cotidiano de estoque de uma loja virtual muda de maneira significativa quando comparado à uma loja física, uma vez que, a depender do volume comercializado, a necessidade de espaço pode ser bem maior, nesse último caso;
- Abrangência Geográfica: até onde é possível chegar? Com o advento da internet, as fronteiras estão cada vez mais apagadas, mas isso não significa que você precisa atingir todas as pessoas possíveis para que sua empresa gere lucros significativos. Muitas das vezes, o menos pode significar mais;
- Política de Fretes: em estabelecimentos físicos, geralmente o consumidor leva o produto no momento da compra; já no e-commerce, é necessário entender como o transporte da mercadoria pode impactar a visão que o seu público possui do negócio.
É válido lembrar: quem gosta de todas as pessoas, na realidade não gosta de ninguém. Ao se pensar, de maneira conjunta, na estratégia e na estrutura necessárias para o sucesso do empreendimento, é possível ter uma visão muito mais abrangente e assertiva sobre o que vender online e o que vender no offline.
E uma coisa não precisa excluir a outra: dentro de um mesmo nicho, é possível pensar que determinados produtos fazem mais sentido quando vendidos no e-commerce, ao passo que outros terão mais visibilidade na loja física.
Tendo consciência da estrutura necessária para essa operação, o reconhecimento torna-se questão de tempo, esforço e competência – ou seja, coisas que não fogem ao controle.
O caso dos acessórios de celular
Vamos a um exercício de imaginação?
Você percebeu que, em mais de dois anos de pandemia, um hábito que continua muito intenso na população é a utilização dos telefones celulares. Cada vez mais modernos, muitos deles acabam sendo utilizados para as mais diferentes funções, que vão desde câmera para dançar para a rede social, até fone de ouvido para seus momentos de lazer e exercício físico.
Quando você vai dormir, percebe que a bateria sempre está baixa e coloca o aparelho para carregar. Quando está quase dormindo, vem o insight: e se eu vendesse acessórios para os mais diversos tipos de celulares?
De que maneira estruturar um negócio desse tipo?
Um bom primeiro passo é olhar pra dentro: busque entender onde você está e onde quer chegar daqui a um tempo definido – acredite, vender acessórios de celular na cidade de Salvador pode ser bem diferente do que em Campos do Jordão.
Além disso, busque identificar qual é a estrutura real que você consegue comportar no momento e qual seria a estrutura ideal – lembre-se que o melhor momento para se começar algo é agora!
Nesse contexto, é claro, faz sentido comprar um mesmo produto em quantidades elevadas, a fim de conseguir negociar um preço menor de compra – e assim, potencialmente, aumentar a sua margem de lucro.
A não ser, é claro, que você compre com a dolado, onde você pode adquirir os produtos que quiser, desde que atinja o valor mínimo de compra de R$ 350,00. Fica a dica!
Faz sentido, também, trabalhar em um modelo e-commerce, uma vez que assim torna-se possível ganhar escala geográfica e trabalhar com estoque de maneira inteligente, impedindo que uma grande quantidade de produtos fique parado na loja
Foi pensando nisso que a dolado nasceu. Somos uma plataforma de soluções para lojistas e empreendedores.
Nós entendemos as maiores dores e dificuldades dos comerciantes e desenvolvemos maneiras de melhorar esse cenário. Conosco, você pode ter mais controle da gestão do seu negócio.
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