Como precificar produtos e definir estoque na loja física e online

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Toda empresa deve se preocupar com a precificação dos seus produtos e, principalmente, nunca tomar essa decisão de forma leviana, despreocupada ou achando que é muito fácil.

Afinal, é justamente através da venda dos produtos que sua loja se mantém: é por eles que você consegue pagar aluguel, comprar mercadorias, pagar suas contas no geral etc.

Por isso que precificar produtos de maneira impensada pode ser determinante para o seu caixa e, consequentemente, para a sua loja – seja ela online ou física.

O estoque também entra nesse bolo e pode se tornar uma questão altamente sensível para seu comércio, principalmente se você quiser vender online em paralelo com a loja física.

Mas vamos falar sobre isso mais para frente!

Na conversa de hoje, vamos falar sobre precificação e estoque, pois sabemos que, conforme os negócios aumentam, diferentes ações e estratégias são necessárias.

Mais do que isso: os desafios também aumentam e acabam ganhando novos escopos, que podem ser confusos e difíceis para quem administra a própria loja. 

Para evitar que você não tenha problemas, viemos aqui para garantir  maior clareza quanto ao impacto da precificação correta de produtos, assim como lidar com o estoque do seu negócio. 

O que levar em consideração para precificar produtos para loja física e online?

Antes de entrarmos nesta parte, você sabia que 7 a cada 10 empresas já atuam na internet, segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com FGV?

O número é impressionante e evidencia o quanto você, lojista, precisa estar preparado para entender as nuances desse ramo e conseguir alavancar as vendas de forma saudável.

Mas vamos voltar ao nosso papo!

Como falamos acima, realizar a precificação do produto é fundamental para garantir o funcionamento total da sua loja, arcar com os custos e adquirir o lucro – seja online ou não.

Independente do tipo ou segmento de loja que você está atuando, alguns fatores são primordiais na hora de precificar um produto. Eles são:

  • O valor real do seu produto, isto é, quanto você realmente investiu para adquirir o mesmo. Lembrando que custos com frete ou deslocamentos também devem entrar aqui;
  • Sua margem de lucro: cada um define o lucro que deseja ter, mas cuidado com isso! A margem precisa ser saudável para manter seu comércio, mas não pode ser exageradamente grande a ponto de afastar sua clientela;
  • Ser competitivo no mercado: cada um sabe da sua realidade e dos seus objetivos, mas dar uma olhada na vizinhança é saudável e estratégico. Afinal, não adianta vender algo pelo triplo do que a loja da frente, pois as chances de não conseguir a venda são bem altas;
  • Fatores internos e externos: isto é, considere seus gastos fixos e variáveis, e faça pesquisas no mercado que esteja vendendo o produto da mesma marca, categoria e da mesma qualidade que você;
  • Taxas, tributos e impostos: nem sempre prestamos atenção aqui, mas é importante rever esse ponto para que você calcule a alíquota dos impostos e contribuições. Se você não entende bem disso, consulte um contador;
  • Revise sempre os seus preços levando em consideração fatores externos, mesmo que eles pareçam muito distantes de você. Se, por exemplo, está ocorrendo algum tipo de dificuldade relacionada ao petróleo, significa que os impactos no mercado podem ser grandes em diversos nichos, fazendo aumentar o preço das mercadorias. Mas pode ocorrer também de baratear! Fique atento.

A partir desses pontos, você consegue ter uma noção maior do porquê normalmente é mais barato comprar pela internet, embora, claro, não seja uma regra.

O online possui custos reduzidos de operação, já que o domínio e a hospedagem, que são equivalentes ao aluguel, por exemplo, são muito mais baratos que uma locação mensal.

O mesmo vale para segurança, número de funcionários, limpeza, luz, água, diversos produtos para o dia a dia e, se pararmos para pensar, até mesmo o esforço entra na conta.

Mas não se esqueça: vender pela internet pode ter diminuição de custos por um lado, mas tem outros que normalmente não temos na loja física, que são:

  • custo total do produto para o cliente (lembre-se que ele arcará com o frete – a menos que você possua incentivos para frete grátis!);
  • embalagens para envio e proteção do mesmo;
  • transporte do produto da empresa para as transportadoras ou Correios;
  • é bom prever custos por danificações e devoluções do produto;
  • manutenção da loja digital;
  • campanhas para levar seus clientes para a sua loja virtual.

Qual a melhor estratégia de precificação? 

Sempre vale conhecer algumas estratégias de precificação normalmente adotadas pelo mercado, mas é preciso entender que a melhor é sempre aquela que faz sentido para você.

Algumas formas de elaborar sua precificação de produtos pode ser:

  • a precificação competitiva;
  • freemium;
  • skimming;
  • preço de custo acrescido;
  • precificação baseada em valor;
  • preço de penetração;
  • precificação baseada na psicologia.

Vamos falar sobre cada um deles logo abaixo!

A precificação competitiva

Como o nome sugere, é aquela baseada nos seus concorrentes. É uma forma simples e rápida de precificar, mas que pode ter alguns perigos, já que você pode querer ter uma proposta diferente dos demais lojistas e até mesmo objetivos diferentes. E, para conquistar aquilo que você quer, saber precificar para alcançá-los é essencial. 

O freemium

Parece difícil, mas você provavelmente já até fez uso dessa estratégia. As empresas oferecem uma amostra gratuita por tempo limitado e, tendo interesse, o cliente compra a assinatura. Sim, como você deve ter imaginado: a Netflix, dentre outros streamings, faz uso dessa estratégia.

O skimming

Assim como a forma anterior, você já deve ter visto essa precificação no mercado. Basicamente um produto é lançado ao mercado com um preço alto e o mesmo vai sofrendo queda conforme novas versões vão sendo lançadas ou conforme o mesmo vai ficando obsoleto. É muito comum com videogames e celulares.

O preço de custo acrescido

Também conhecida como Markup, esta é também uma forma fácil de chegar ao preço para o seu produto. É pensar no quanto você quer lucrar em cima dele, fazer a conta e pronto. Exemplo: se o custo de um produto é R$ 200 e você quer lucrar 20%, então o valor final será de R$ 240.

A precificação baseada em valor

Talvez o mais difícil da lista, visto que é baseado não em valores palpáveis, mas no valor agregado ao produto, podendo inclusive ser uma experiência. Essa estratégia pode ser muito boa em produtos que são novos no mercado ou que poucos lugares têm, além de estar intimamente relacionado ao poder de compra do seu público. 

O preço de penetração

Como o nome diz, é aquele preço que estabelecemos para que possamos conquistar espaço no mercado. Isto é, bem abaixo da concorrência. Pode parecer loucura por causa do prejuízo à primeira vista, mas é puramente estratégico, visto que você conquista mercado, vende a imagem de atração por ser mega barato e, com o tempo e um bom discurso de venda, consegue embutir outros produtos rentáveis na cesta de compras do seu cliente.

A precificação baseada na psicologia

O R$ 99,90 que parece infinitamente mais barato que R$ 100,00, aquelas promessas de “esse preço é só hoje!” ou, ainda, “pague um e ganhe 30% off na segunda unidade”. Todos esses anúncios, que vemos quase diariamente, funcionam muito bem, pois mexem com o nosso psicológico, já que trabalham com a ideia de escassez e com a impressão de que estamos em vantagem. 

E como definir o estoque da sua loja?

A premissa da organização do estoque é justamente o controle de entrada e saída de produtos da sua loja.

A organização pode ser feita fisicamente, mas com tanta tecnologia ao nosso dispor, faz muito mais sentido, pela praticidade e segurança, usar planilhas ou programas para gerir.

Se você tem duas lojas, físicas ou virtuais, ou ainda ambas, vale a pena ter um controle de estoque para cada uma. Lembrem-se que existem softwares que consolidam os dois estoques também.

Caso você não trabalhe com um desses aplicativos ou programas, mas deseje consolidar o controle em uma só planilha, nossa dica é ter atenção redobrada para não ter problemas.

Além do uso de programas e aplicativos, existem outros detalhes que você deve se atentar ao definir seu estoque e realizar a gestão do mesmo.

Pela sazonalidade

Esteja esperto com a sazonalidade do seu negócio. Quais os períodos que mais vendem determinados produtos em sua loja? Quando a procura é baixa? Em qual período do ano seus negócios crescem? 

Todos os empreendimentos deixam sinalizações de picos, sejam eles de quedas ou crescimento. São exatamente essas variações que ajudaram a sua empresa controlar com mais facilidade o estoque.

Pelas datas de compra

Qual é o melhor momento para comprar um casaco de frio? Para os consumidores deste casaco, no inverno, já que é o período mais frio do ano. Porém, para revendedores, seria de grande interesse comprar esse produto a baixo custo no verão e vender no inverno, mas não só por causa do preço. O lojista nunca pode comprar um produto só quando a necessidade bate à porta: é preciso estar com o estoque preparado para quando o momento chegar. 

Pelo produto x local de armazenamento

O que você armazena tem total ligação com o local de armazenamento. Se você vende produtos que precisam estar refrigerados, por exemplo, não faz sentido estar armazenado em um galpão quente.

Da mesma forma que não há necessidade de alugar um frigorífico para armazenar bebidas, já que as mesmas são comumente vendidas quentes para mercados, lanchonetes e outros estabelecimentos.

Vale sempre entender todas as particularidades do tipo de produto que você está vendendo e encontrar um armazenamento que faça jus ao mesmo, evitando prejuízos por ter guardado o produto da forma errada.

Como você pôde ver, os desafios para o lojista não são nada simples. Cabe a você entender o que você quer fazer, onde quer chegar e o que quer conquistar.

Lembre-se que, independente do método para precificar seus produtos, você deve ter um norte principal: sua empresa deve se manter financeiramente saudável.

E se você tiver dificuldades neste ponto, saiba que existem consultorias especializadas, além de muito conteúdo, como este, na internet em que você pode se apoiar.

Vale destacar a importância de ser organizado e entender que todos os fatores colaboram para o sucesso da sua empresa, incluindo a gestão do seu estoque.

Afinal, vender produtos que não existem ou ainda comprar demais e perceber que não teve vazão, significa grandes problemas para o lojista. E você não quer isso, não é?

Para ajudar, estamos preparando uma ferramenta completa que vai te guiar quanto ao momento certo de comprar estoque e a melhor precificação para o produto. Quer receber primeiro? Faça seu pré-cadastro e do restante a gente cuida!

Esperamos que nosso conteúdo tenha ajudado você! Lembre-se de deixar seu comentário e compartilhar o artigo com outros amigos lojistas e pessoas interessadas.

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